As palavras têm significado mas “comunidade” em
especial guarda sensações e sugere uma coisa boa.
O autor Zigmunt Bauman utiliza o conceito de
comunidade para compreender e vislumbrar o futuro das sociedades, para ele não
ter comunidade significa não ter proteção; alcançar a comunidade, se isto
ocorrer, poderá em breve significar perder a liberdade.
Brincar em comunidade é prazeroso pois há
liberdade em partilhar o mesmo brinquedo, brincar coletivamente como as
brincadeiras de infância que eram em grupo no quintal ou na frente de casa era
espaço recreativo onde reunia a garotada da rua para pular corda, brincar de
roda, macaquinho, bandeirinha e outras brincadeiras de acordo com cada região.
O certo é que o vínculo e a solidariedade era marcante entre eles.
Podemos afirmar que comunidade é viver em comum
acordo de melhoria de vida de todos que lutam, reivindicam e objetivam sem
individualismo, ação essa difícil de acontecer principalmente nos dias atuais.
Bauman afirma que o advento da informática, foi o
golpe mortal na "naturalidade" do entendimento comunitário. Nesse
contexto, percebemos que a informática está presente em muitos aspectos de
nosso cotidiano inclusive no entretenimento, já não vimos mais os jogos
comunitários nas portas de casa com a garotada nem o brinquedo compartilhado,
agora estão todos dentro de casa brincando com jogos eletrônicos e solitários,
os vizinhos não tem mais o vínculo porque agora é pessoa estranha. E o futuro
das comunidades está muito distante de ser uma ComUNIDADE. Porque a tecnologia
que está cada vez mais presente nos permite dialogar, interagir, fazer amizades
e brincar sem a necessidade de sair de casa e não necessariamente com o
vizinho.
Referência:
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. (Leitura dos capítulos: Uma introdução, ou bem-vindos à esquiva comunidade e A agonia de Tântalo).
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