sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Nenhum de nós é tão bom quanto nós todos juntos


      Dia 15 de junho, meu primeiro dia de aula no componente Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade, o texto em estudo foi: A Sociedade dos Indivíduos, de Norbert Elias, havia feito inscrição após o início do quadrimestre e não tinha noção do que estava sendo discutido em aula, os colegas foram apresentando com um domínio próprio, usos de metáforas para ilustrar seu entendimento da leitura no entanto, não conseguia amarrar minhas ideias, fui sentindo uma agonia, a falta de leitura e não ter matriculado no início, deixou-me como peixe fora d’água.

Após a aula, relatei essa agonia de estar ali querendo saber e conhecer o texto. Ao ler os primeiros tópicos do livro, percebi que o autor afirma que o indivíduo nasce e é adaptado ao padrão social, ele explica que essa relação indivíduo/sociedade numa interação de papel de indivíduos e sua evolução ideológica, reflexiva acaba mudando seu comportamento na sociedade. O Indivíduo são as pessoas que moram na sociedade com características diferentes mais de acordo com a influência da sociedade, seu contexto onde está inserido,  indivíduos se juntam para exercer uma função, o que sozinho não teriam essa possibilidade de transformação.

De várias metáforas apresentadas no texto, fiquei tentando amarrar o que teria haver a pedra, a nota musical, a letra com o texto, depois fiz o elo que indivíduo, é o individual, o sozinho e a junção de cada uma dessas partes é o coletivo, é a sociedade, assim as pedras agora serão paredes, muros, as notas musicais formam melodias, as letras formam palavras e os indivíduos, numa sociedade relacionando a parte e o todo.

Fiz uma inferência do poder da comunicação porque é em sociedade que aprendemos, ensinamos, trocamos conhecimento ouvindo o outro, lendo, contemplando vivências diferentes das nossas e tornando pessoa capaz de oferecer ao outro o poder de concordar, discordar, agregar ações que juntas formam outros acontecimentos. Indivíduo qualquer um pode ser, nasce indivíduo mas tornar-se pessoa é uma ação reflexiva que une o eu e o outro para sermos nós.


Referência: 

NORBERT, Elias. A Sociedade dos Indivíduos (1939). In: A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.


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