sábado, 14 de agosto de 2021

O dia da Prova


Relatório da última aula do Componente Curricular – Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade.

 Ao iniciar a aula sabíamos que era dia de avaliação, não precisei estudar muito pois todos os textos foram lidos por mim e o caderno de anotações estava bem pertinho de prontidão. Para piorar a situação o professor Joel fez uma pergunta que bateu a ansiedade: “Estão preparados? a resposta era sim mas a ansiedade era tanta, que a vontade era ordenar: passa logo essa prova.

Quando usei o verbete “prova”, foi que na hora da pergunta introdutória veio em mente o método tradicional porém lembrei da parte boa, a certeza de leituras realizadas, textos debatidos e anotações ali no manuscrito.

O professor então disse que a aula seria lúdica, sim mas como?  e a prova? ele foi criando link e nos orientando ao uso do quizlet para que pudéssemos responder as diversas perguntas com questões relacionadas aos temas trabalhados em todo o componente.

O aplicativo é bem interativo e ao responder podemos escolher as modalidades como jogos game, jogo da memória, encaixe e outros, tudo foi muito dinâmico e interativo.

O que mais incentivou a participação da aula lúdica para mim foi a competição, pois os alunos que terminassem primeiro eram vencedores e premiados por isso, em duas vezes que joguei fiquei em 13ª colocação, pois para mim foi novidade e lia e relia aquelas questões para não errar, tive a responsabilidade de uma candidata ao vestibular ou Enem.

Em uma jogada não errei nenhuma das questões mas não fui tão rápida como os 12 colegas que ficaram à minha frente. Nesse momento fiz uma paródia de um assunto estudado e enviei pelo chat acompanhados de risos.

“Vejam para onde caminham o indivíduo nessa sociedade, para a competição” KKKKK

Não, não estávamos competindo do verbo competir, estávamos competindo do verbo interagir, pois foi muito bom aquela aula dinâmica, divertida, alegre e participativa. Todos ficamos com vontade de jogar mais.

 


Você sabe o que é interseccionalidade?


O termo interseccionalidade nos permite compreender melhor as desigualdades e a sobreposição de opressões e discriminações existentes em nossa sociedade. Pode ser considerado como uma ferramenta analítica importante para pensarmos sobre as relações sociais de raça, sexo e classe, e os desafios para a adoção de políticas públicas eficazes.

A interseccionalidade é uma conceituação do problema que busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação. Ela trata especificamente da forma pela qual o racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam desigualdades básicas que estruturam as posições relativas de mulheres, raças, etnias, classes e outras. Além disso, a interseccionalidade trata da forma como ações e políticas específicas geram opressões que fluem ao longo de tais eixos, constituindo aspectos dinâmicos ou ativos do desempoderamento. (CRENSHAW, 2002, p. 177).

Qual o objetivo desse assunto?

De acordo com Carla Akotirene, a respeito disso, afirma em seu livro “interseccionalidade’’ (2019), que o objetivo do assunto é introduzir questões relativas ao feminismo negro no entanto, aponta que ”a interseccionalidade pode ajudar a enxergarmos as opressões e combatê-las, reconhecendo que algumas opressões são mais dolorosas. E que às vezes somos oprimidos, mas às vezes somos opressores”.


Referências Bibliográficas:

AKOTIRENE. C. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro/Ed. Jandaíra, 2020.

CRENSHAW, Kimberle. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas. p. 177-188, 2002.

Videografia:

Kimberle Crenshaw - A urgência da interseccionalidade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vQccQnBGxHU

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Nenhum de nós é tão bom quanto nós todos juntos


      Dia 15 de junho, meu primeiro dia de aula no componente Relações Sociais e Políticas na Contemporaneidade, o texto em estudo foi: A Sociedade dos Indivíduos, de Norbert Elias, havia feito inscrição após o início do quadrimestre e não tinha noção do que estava sendo discutido em aula, os colegas foram apresentando com um domínio próprio, usos de metáforas para ilustrar seu entendimento da leitura no entanto, não conseguia amarrar minhas ideias, fui sentindo uma agonia, a falta de leitura e não ter matriculado no início, deixou-me como peixe fora d’água.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

TIC EM AÇÃO

 

     De acordo com o professor André Lemos, Cibercultura pode ser entendida como a forma sócio cultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70.

Tá tudo dominado!

  A Sociedade do Espetáculo

 O Autor Guy Debord relata que as sociedades em que funcionam as condições modernas de produção, há uma acumulação de espetáculo em que o que se torna essencial do que o vivido, é a representação e assim, a imagem fala mais alto. Nesse sentido Debord faz uma crítica à sociedade moderna consumista guiada pelos modos de produção capitalista

Para entendermos a Sociedade do Espetáculo, podemos afirmar que é uma sociedade a qual as relações sociais são medidas por imagens as quais advêm do modo de produção e esse produz o espetáculo o qual reafirma o que já foi escolhido e decidido pelo modo de produção.

Espetáculo esse que adoece a sociedade, porque ele é a chave para a alienação e para o egoísmo. De acordo com Debord “O mentiroso mente para si próprio” ou seja a representação não funciona apenas para contemplação do outro, mas também do próprio indivíduo, que vive de aparências com comportamentos hipnótico.

Os meios de comunicação fazem o papel muito bem de alienar a grande massa, principalmente o público jovem o qual faz ostentações ao usar determinadas marcas de roupas ou calçados exibidos nas propagandas assim vimos o alto desenvolvimento do capitalismo financeiro, a tecnologia domina o controle ideológico da pessoa até a indústria cultural e artística virou produto pela mídia.

Não importa SER a pessoa que é, vamos consumir para TER, ou aparentar que tem. Tá tudo dominado.


Referência: 

DEBORD, Guy. A separação consolidada In: A sociedade do espetáculo.

ComUNIDADE

As palavras têm significado mas “comunidade” em especial guarda sensações e sugere uma coisa boa.

O autor Zigmunt Bauman utiliza o conceito de comunidade para compreender e vislumbrar o futuro das sociedades, para ele não ter comunidade significa não ter proteção; alcançar a comunidade, se isto ocorrer, poderá em breve significar perder a liberdade.

Brincar em comunidade é prazeroso pois há liberdade em partilhar o mesmo brinquedo, brincar coletivamente como as brincadeiras de infância que eram em grupo no quintal ou na frente de casa era espaço recreativo onde reunia a garotada da rua para pular corda, brincar de roda, macaquinho, bandeirinha e outras brincadeiras de acordo com cada região. O certo é que o vínculo e a solidariedade era marcante entre eles.

Podemos afirmar que comunidade é viver em comum acordo de melhoria de vida de todos que lutam, reivindicam e objetivam sem individualismo, ação essa difícil de acontecer principalmente nos dias atuais.

Bauman afirma que o advento da informática, foi o golpe mortal na "naturalidade" do entendimento comunitário. Nesse contexto, percebemos que a informática está presente em muitos aspectos de nosso cotidiano inclusive no entretenimento, já não vimos mais os jogos comunitários nas portas de casa com a garotada nem o brinquedo compartilhado, agora estão todos dentro de casa brincando com jogos eletrônicos e solitários, os vizinhos não tem mais o vínculo porque agora é pessoa estranha. E o futuro das comunidades está muito distante de ser uma ComUNIDADE. Porque a tecnologia que está cada vez mais presente nos permite dialogar, interagir, fazer amizades e brincar sem a necessidade de sair de casa e não necessariamente com o vizinho.


Referência:

BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. (Leitura dos capítulos: Uma introdução, ou bem-vindos à esquiva comunidade e A agonia de Tântalo). 


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Que palavrão é esse?

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA
COMPONENTE CURRICULAR - INTERDISCIPLINARIDADES: TEORIAS E PRÁTICAS 

Profª. DRª. REGINA SOARES DE OLIVEIRA

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Interdisciplinaridade, Que palavrão é esse?

            Ao ler a obra de FAZENDA, Ivani Catarina A. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008. O livro “O que é interdisciplinaridade?” organizado pela professora Ivani Fazenda é uma publicação da Cortez Editora, fiquei imaginando qual era o conceito desse verbete enorme. Aí fui percebendo: O liro é grande, 13 capítulos, adoro o número 13 com a participação de mais de 13 autores: Abdelkrim Hasni, Adriana Alves, Anderson Araújo Oliveira, Diamantino F. Trindade, Dirce E. Tavares, Fernando César de Souza, Ivone Yared, Johanne Lebrun, Maria José Eras Guimarães, Mariana Aranha Moreira José, Raquel Gianolla Miranda, Ruy Cezar do Espírito Santo, Sonia Regina Albano de Lima, Yves Lenoir.

Para entender esse conceito é necessário ter:
Grandes visões específicas de determinadas ênfases acerca do assunto;
Grandes pesquisas, principalmente com apresentação de resultados pertinentes que atribuam às disciplinas escolares;
Grandes reflexões sobre os fundamentos da ação pedagógica interdisciplinar;
Grande crítica sobre a teoria e a prática da interdisciplinaridade no currículo e na formação de professores.
Grande interação professor-aluno, aluno-aluno e escola-família, para dotar de significados os conteúdos da realidade;
Grande ação do professor que requer investigação de sua prática;
Grande busca das conexões de conteúdos entre as disciplinas;
            Após tanta coisa grande, descobri que esse palavrão é no entanto, um estímulo para refletirmos a possibilidade de compreensão da prática, no que refere a interação entre as diferentes dimensões: socioeducativa contextual; socioeducativa do quadro de referência do professor, ou seja, Interdisciplinaridade é identificar o incômodo e descobrir de que maneira ele pode ser melhor transformado para dinamizar o processo de ensino aprendizagem de maneira integradora.